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A endometriose pode VOLTAR? 

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A endometriose pode VOLTAR? 

Uma dúvida muito comum que sempre recebemos é se a endometriose pode voltar. Neste texto, vamos esclarecer essa pergunta e aprofundar um pouco mais sobre essa doença que atinge tantas mulheres.

Sim, a endometriose pode voltar.

Entenda:

Por se tratar de uma doença crônica, precisamos ser sinceros, a endometriose pode voltar. O motivo central é que ainda não existem tratamentos capazes de curá-la, mas é possível tratá-la – amenizando os sintomas. 

A endometriose mais recorrente é o endometrioma de ovário. 

Nesse caso, quando não é realizado o tratamento hormonal após o procedimento, as chances de retorno são de até 30%. 

A boa notícia é que, com o tratamento adequado, é possível controlar os sintomas da doença, melhorar a qualidade de vida da paciente, amenizar dores e aumentar as chances de gravidez. 

Também é válido citar que existem casos em que a doença não volta, mas sim continua, já que os focos não foram retirados completamente. 

É importante salientar que nem todos os casos de recorrência ou persistência necessitam de procedimentos cirúrgicos, por isso a importância de fazer uma avaliação com a equipe especializada. 

Conheça mais sobre a endometriose

A endometriose é uma doença que acontece quando o tecido endometrial sai da cavidade uterina e pode ser encontrada em outras regiões do corpo, como: diafragma, nervo ciático, cérebro, septo nasal, amídala, entre outros. Apesar de poder ocorrer nos locais citados, a sua localização mais comum é na pelve.

Essa doença pode ser silenciosa e muitas mulheres não conseguem um diagnóstico com facilidade. 

Alguns sintomas são: 

  • Dor no período menstrual;
  • Dor durante ou após o ato sexual; 
  • Dificuldade para engravidar;
  • Sangramento intenso.

A endometriose afeta mais de 6 milhões de mulheres, de acordo com a Associação Brasileira de Endometriose. 

Apesar de ser uma doença comum e que atinge tantas pessoas, não é tão fácil encontrar informações claras sobre ela nos meios de comunicação. 

Recentemente, a cantora Anitta trouxe este tema relevante, ao relatar que passou 9 anos com dores após a relação sexual e que só recentemente conseguiu descobrir a causa: endometriose. 

Para ler mais sobre o caso da artista clique aqui. 

Tipos de endometriose 

Existem tipos diferentes de endometriose, cada um tem as suas características e sintomas próprios. Entenda mais sobre essas condições:  

  • Endometriose superficial

A endometriose peritoneal superficial é caracterizada pela presença de lesões no peritônio, que é a membrana que recobre os órgãos tanto abdominais quanto pélvicos. Os órgãos mais atingidos são: útero, ovários, bexiga, tubas uterinas, além de outros presentes no abdome superior, como é o caso do apêndice, diafragma ou intestino delgado.

Ela é considerada superficial pois a profundidade das lesões não passa de 5 milímetros, isso faz com ela seja mais difícil de diagnosticar. Em alguns casos, essa doença pode ser assintomática, mas outras mulheres podem sentir cólicas menstruais intensas, dores durante a relação sexual e infertilidade. 

  • Endometriose ovariana

Na endometriose ovariana, os tecidos do endométrio são encontrados dentro de um ou dos dois ovários. Essa ação dá origem aos cistos de diversos tamanhos, que possuem um líquido com uma coloração marrom escura (“achocolatada”). 

Para o tratamento desse tipo de endometriose, geralmente é necessário passar por um procedimento cirúrgico. Mas não é necessário retirar os órgãos, apenas fazer a remoção dos cistos para que seja possível preservar a função ovariana.

Mulheres que possuem o diagnóstico da endometriose ovariana através de um exame de imagem devem investigar se existem outros tipos de endometriose. Essa doença não costuma atingir a paciente de forma isolada. 

  • Endometriose profunda

Diferente da endometriose superficial, a profunda é caracterizada por lesões no peritônio de mais de 5 milímetros de profundidade. Neste tipo de endometriose, é possível que ocorra a formação de nódulos bem duros, que podem ser sentidos durante um exame ginecológico. Os principais órgãos atingidos são: vagina, bexiga, reto, ligamentos uterinos, útero, entre outros. 

Os sintomas da endometriose profunda costumam ser mais severos, como: dismenorreia, dor ao evacuar, dor ao urinar, dores durante ou após o ato sexual e em muitos casos, pode levar à infertilidade.  

  • Endometriose umbilical

A endometriose umbilical é um tipo mais raro da doença, que geralmente acontece após algum tipo de cirurgia. Ela ocorre fora da região pélvica, mais precisamente na cicatriz do umbigo e através dele é possível observar os nódulos endometriais.

A mulher que possui esta doença, pode apresentar sintomas característicos de outros tipos de endometriose. Mas além deles, existem alguns sinais próprios da endometriose umbilical, como: saída de secreção ou sangue do umbigo durante a menstruação, presença de nódulo na região do umbigo e dor no umbigo.

Tratamentos para endometriose

Mesmo que não haja a cura para a endometriose, os tratamentos são extremamente necessários para que a paciente possa levar uma vida saudável e sem os sintomas de forma intensa. Cada mulher precisa ser analisada de uma forma individual para o tratamento, pois vai depender do tipo, da idade, dos sintomas, entre outros quesitos que podem interferir durante este período. 

Principais tipos de tratamento:

  • Analgésicos e Anti-inflamatórios: utilizados para tentar proporcionar alívio das dores. 
  • Tratamento hormonal: este tratamento vai reduzir a velocidade de crescimento do tecido endometriótico e causar uma melhora nos sintomas. 
  • Tratamentos associados: a prática de exercícios físicos, melhora na alimentação, métodos de meditação, entre outros, podem auxiliar no alívio dos sintomas. 
  • Cirurgia: os procedimentos cirúrgicos são indicados em casos específicos, neles o tecido da endometriose é removido, o que vai diminuir os sintomas.

Todo tratamento deve ser feito com um médico especializado e nenhuma cirurgia deve acontecer sem que a paciente esteja ciente de que aquela é a melhor forma para resolver o seu problema. 

Procure um profissional que além de melhorar os seus sintomas, também vai procurar todas as formas possíveis de atingir os seus objetivos, como preservar um útero para uma possível gravidez. 

Marque a sua consulta.

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