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A saúde mental da mulher | E se o “Setembro amarelo” fosse o ano inteiro?

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A saúde mental da mulher | E se o “Setembro amarelo” fosse o ano inteiro?

O mês de setembro traz sempre uma discussão muito importante sobre o suicídio e também sobre a saúde mental. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2019, cerca de um bilhão de pessoas enfrentavam algum transtorno mental, além disso 58% dos suicídios aconteceram antes dos 50 anos de idade.

No Brasil, os dados apontam que 14 mil casos acontecem por ano. Em média, são 38 suicídios por dia. A cada 100 mil homens brasileiros, 12,6% cometem suicídio; entre mulheres, a comparação aponta para 5,4% casos de suicídio a cada 100 mil mulheres brasileiras (OMS).

Ainda que estejamos diante de dados alarmantes, este assunto ainda é muito evitado – assim como o cuidado com a saúde mental costuma ser negligenciado. Precisamos falar sobre isso, não só em setembro, como o ano todo. Essa pauta também deve ser assunto de todas as especialidades, afinal, não é possível falar de saúde sem considerar a mente. 

Quando analisamos esse cenário de forma específica entre as mulheres e a ginecologia, é possível observar que muitos distúrbios psicológicos podem estar relacionados às condições ginecológicas. Entenda mais sobre isso:

Como as doenças ginecológicas podem afetar a saúde mental

A partir da primeira menstruação até a menopausa, as mulheres podem sofrer com transtornos mentais específicas para o sexo feminino, como: transtorno disfórico pré-menstrual, depressão perinatal, depressão perimenopáusica, etc. Além disso, ainda existem as mudanças de humor, sintomas depressivos e de ansiedade que são consequências de doenças ginecológicas. Endometriose, menopausa precoce, ovário policístico, miomas, entre outras, podem afetar a saúde mental.

Os transtornos mentais podem se desenvolver com mais facilidade em pessoas que já sofrem com outras doenças. Dessa forma, no momento em que uma mulher é diagnosticada com algum problema ginecológico, ela também pode entrar na zona de risco para desenvolver algum distúrbio psicológico.

Além disso, algumas patologias interferem significativamente na vida pessoal, profissional e íntima das mulheres, o que compromete sua vida social, afetiva, familiar. Essa característica também pode ser a origem de doenças mentais, como depressão, ansiedade e estresse. 

Muitos profissionais negligenciam essa correlação entre diagnósticos – o que pode comprometer o sucesso do tratamento da paciente. Portanto, além de entender a condição física da paciente, é fundamental investigar sua saúde mental e, se necessário, encaminhá-la para o tratamento psicológico e/ou psiquiátrico. 

Saúde Mental e Doenças ginecológicas 

Conheça algumas doenças ginecológicas que podem gerar sintomas ou patologias psicológicas. Antes de apresentá-las, é importante reforçar que com o acompanhamento correto, essas condições podem ser totalmente tratadas.

  • Endometriose: doença de característica inflamatória, ocorre devido às glândulas endometriais que se espalham por outros órgãos do corpo, como: intestino, bexiga e ovários. Pacientes com essa doença podem sentir dores crônicas, além disso, podem ter dificuldades para engravidar. É comum o aparecimento de sintomas de ansiedade e depressão. 
  • Menopausa precoce: acontece quando os ovários param de produzir óvulos antes dos 40 anos. Dentre os diversos sintomas, está a mudança hormonal, que afeta não só o corpo, mas também a mente da mulher. Após a menopausa precoce, a produção do hormônio estrogênio reduz muito, o que causa alterações de humor, falta de disposição e pode levar ao surgimento da depressão. 
  • Miomas: são tumores benignos que crescem dentro do útero durante a idade reprodutiva da mulher. Essa doença possui sintomas como: sangramento anormal, cólicas intensas e outros. Tudo isso gera muito medo e pode afastar a mulher do seu companheiro, familiares e amigos. Além disso, em último caso, uma das formas de tratamento de miomas mais graves é a histerectomia – remoção do útero – o que pode afetar muito a mulher que deseja engravidar. A histerectomia deve ser reservada para pacientes que não desejam engravidar, mas infelizmente, algumas mulheres que querem ter filhos são submetidas a esse procedimento. Esses acontecimentos também podem afetar o psicológico e gerar transtornos mentais.

Procurar ajuda é o primeiro passo 

É fundamental procurar um ginecologista especializado e não evitar as consultas com este profissional. É comum observar um medo muito grande entre as mulheres em realizar as consultas ginecológicas, seja por vergonha, seja pelo receio de um possível diagnóstico ruim. Mas não deixe pra depois, afinal, todo diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso no tratamento. Além disso, um profissional capacitado será responsável por guiar, orientar e acolher. 

Cuide da sua saúde física e mental. 

Consultório Doutor Thiers Soares

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Quando analisamos esse cenário de forma específica entre as mulheres e a ginecologia, é possível observar que muitos distúrbios psicológicos podem estar relacionados às condições ginecológicas. Entenda mais sobre isso: