A adolescência é um período crítico de transição física e emocional, no qual as jovens mulheres começam a experimentar as complexidades do sistema reprodutivo. Infelizmente, os sintomas da endometriose muitas vezes se manifestam nesse estágio, o que traz uma série de desafios e impactos significativos.
O tratamento precoce dessa condição é essencial, não apenas para aliviar o sofrimento físico, mas também para suavizar o impacto psicológico e social que pode afetar o bem-estar geral das adolescentes. Ao compreender e reconhecer a endometriose durante a adolescência, podemos criar intervenções eficazes, oferecer suporte médico, emocional e educacional que permitirá uma transição mais saudável para a vida adulta.
Mas na maioria das vezes, isso não acontece e a endometriose só é diagnosticada na fase adulta, o que pode piorar a condição. Isso nos leva à seguinte frase, que frequentemente é falada pelo doutor Thiers “A mulher adulta com endometriose foi uma adolescente com dor” – e que, infelizmente, não teve a ajuda necessária.
Como a endometriose se manifesta na adolescência
A endometriose é uma condição médica complexa e muitas vezes dolorosa, caracterizada pelo crescimento anormal de tecido semelhante ao revestimento uterino fora do útero. Este tecido pode se desenvolver em outros órgãos pélvicos, o que causa desconforto, dores intensas durante o ciclo menstrual e, em casos graves, resulta em complicações reprodutivas.
Na adolescência, o ciclo menstrual muitas vezes inicia um complexo cenário de mudanças físicas e emocionais, onde é comum a presença de várias oscilações que podem causar confusão, especialmente no contexto da endometriose. Nesse período de desenvolvimento, as jovens mulheres podem vivenciar desconfortos e variações hormonais que, em alguns casos, são consideradas normais. No entanto, é necessário entender que algumas dores não são comuns e precisam ser investigadas, pois podem ser causadas pela endometriose ou outras doenças ginecológicas.
A conscientização sobre a endometriose
Uma forma importante de ajudar as meninas nessa idade é fornecer informações abrangentes sobre o sistema reprodutivo feminino, com discussões sobre o ciclo menstrual, o que é normal nesta etapa, quais são os desconfortos típicos e o que não pode ser negligenciado nesse período. A educação sexual também destaca a importância da comunicação aberta sobre questões de saúde, incentivando as jovens a buscarem orientação médica quando necessário.
O conhecimento sobre a endometriose não apenas busca a conscientização, mas também contribui significativamente para o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz da condição. Com informações claras sobre os sintomas e fatores de risco, as adolescentes estão mais propensas a reconhecerem sinais de alerta e procurarem ajuda. Além desse fator, isso também incentiva um ambiente em que as jovens se sintam confortáveis em buscar assistência médica, para promover assim uma abordagem proativa em relação à saúde feminina desde cedo.
Consequências de não tratar a endometriose na adolescência
A ausência de tratamento para a endometriose durante a adolescência, seguida pelo diagnóstico na fase adulta, pode resultar em consequências significativas para a saúde e o bem-estar das mulheres. Durante a adolescência, os sintomas da endometriose muitas vezes são atribuídos a variações normais do ciclo menstrual, o que pode levar a um subdiagnóstico ou até mesmo à falta de reconhecimento da condição.
Consequentemente, a não intervenção durante esse período crítico pode permitir que a endometriose avance, isso leva a complicações mais graves, como a formação de aderências, cistos ovarianos e impactos negativos na fertilidade. Ao adiar o diagnóstico e tratamento até a fase adulta, as mulheres podem enfrentar uma maior dificuldade no gerenciamento da endometriose. Isso mostra a importância em abordar essa condição já na adolescência, para buscar não apenas aliviar os sintomas imediatos, mas também prevenir danos a longo prazo e melhorar as perspectivas de saúde reprodutiva na vida adulta.
O tratamento da endometriose na adolescência
Uma abordagem multidisciplinar é frequentemente adotada nestes casos, envolvendo não só cuidados médicos especializados, mas também suporte emocional e educação para capacitar as adolescentes a gerenciarem sua saúde de maneira eficaz. Terapias hormonais, como contraceptivos orais e injeções de progesterona são frequentemente prescritas para regulagem ciclo menstrual, reduzirem a dor e controlarem o crescimento anormal do tecido endometrial fora do útero.
Além disso, a intervenção cirúrgica pode ser considerada em casos mais graves, para remover ou destruir as áreas afetadas pela endometriose. No entanto, é crucial envolver a paciente e sua família no processo de tomada de decisões, com informações detalhadas sobre os benefícios e possíveis efeitos colaterais de cada opção de tratamento.
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