O sonho de ter uma futura gravidez não acontece só em mães de primeira viagem, muitas mulheres que já possuem filhos ainda desejam aumentar a família. O problema acontece quando algum parto anterior foi feito através da cesárea. Uma sequela muito comum desse procedimento é a Istmocele, defeito que acontece na cicatrização.
Essa doença pode ser caracterizada como: uma falha na cicatrização no local em que foi feita a incisão da cesariana para a retirada do bebê. Após a realização do parto é feita uma sutura, que com o tempo pode se transformar em uma cicatriz retrátil e resultar em uma falha da musculatura uterina, conhecida como miométrio. A Istmocele é dividida em dois tipos, que variam de acordo com o seu tamanho.
- Grande Defeito: a espessura do miométrio restante é inferior a 2,5mm a 3,0mm.
- Defeito pequeno: a espessura do miométrio restante é superior a 3,0mm.
Além disso, também é possível analisar a doença de acordo com os sintomas da mulher, pois em alguns casos ela não irá apresentar sintomas.
Sintomas da Istmocele
Com o número crescente de partos feitos de cesárea é normal que os casos de Istmocele cresçam ainda mais. Essa doença pode levar a consequências sérias para a vida das mulheres, deixando-as inférteis e com o risco de uma Gravidez Ectópica em Cicatriz de Cesariana. Situação que ocorre quando o óvulo fertilizado se implanta na Istmocele e com o passar da gravidez as paredes do útero podem se romper, no meio ou no fim da gestação.
Os sintomas durante uma gravidez podem ser mais sérios, pois podem acontecer anomalias na placenta, no local da gravidez e em alguns casos mais graves pode levar risco de vida, que coloca em perigo a mãe o bebê.
Em grande parte dos casos a Istmocele não apresenta sintomas, o que torna mais difícil o seu diagnóstico e por isso é necessário que a mulher passe por uma ultrassonografia transvaginal ou ressonância da pelve para descobrir a doença. Já para outras pessoas essa doença apresenta alguns sintomas que podem interferir bastante no bem-estar da mulher, os principais são:
- sangramento uterino anormal (no meio do ciclo)
- dismenorréia;
- dor crônica pélvica;
- infertilidade secundária;
- gravidez cervical ectópica;
- ruptura do útero.
Tratamento da Istmocele
Algumas opções de tratamento são:
Remédios – os anticoncepcionais podem ser utilizados para interromper a menstruação e trazer alívio dos sintomas. Mas é importante destacar que esse método só deve ser aplicado em mulheres que não desejam ter filhos, pois a utilização desse meio vai impossibilitar uma futura gravidez.
DIU hormonal – esse método não é indicado para as mulheres que desejam engravidar, pois ele também interrompe o fluxo de sangramento.
Ressecção Histeroscópica – reservada para pacientes que tenham sangramento uterino anormal e não desejam mais engravidar. Está sendo muito utilizado para tratar a Istmocele, ele traz melhora para fertilidade e o sangramento anormal. Ou seja, nesse procedimento cirúrgico é possível que a mulher ainda possa ter uma futura gestação.
Ressecção robótica/laparoscópica – indicada para pacientes que tenham desejo de uma nova gestação e apresentam uma camada miometrial muito fina na região da cicatriz de cesárea anterior.
Histerectomia – essa cirurgia só deve ser feita em último caso, no momento em que for extremamente necessária a remoção do útero e quando a mulher optar por não ter mais filhos.
Onde buscar tratamento?
Essa é uma doença grave que afeta muitas mulheres, por isso é necessário encontrar um profissional especialista e que vai realizar o melhor tratamento. Recentemente o Doutor Thiers recebeu uma notícia maravilhosa: uma paciente com diagnóstico de infertilidade por Istmocele realizou uma cirurgia robótica para a correção e após anos na tentativa para engravidar, ela finalmente conseguiu. Você também pode ter a chance de uma nova gravidez, busque o médico que vai garantir isso!
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