A infertilidade feminina preocupa muitas mulheres, principalmente as que sonham com a maternidade. Porém, diante de tantas informações incompletas ou falsas na internet, o medo e a insegurança aumentam diante dessa possibilidade. Ainda que seja importante se informar, é fundamental não deixar de ir ao médico para que ele possa avaliar o seu caso e te orientar da forma correta.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, mais de 8 milhões de pessoas sofrem com a infertilidade. Sendo que, 35% deste número estão relacionados ao sexo feminino, 35% ao masculino, 20% acontecem com ambos e 10% possuem causas não conhecidas.
Leia este texto para conhecer mais sobre este diagnóstico, formas de prevenção e tratamento
Diferença de infertilidade e esterilidade
Antes de entrar no assunto central, é importante mostrar a diferença entre infertilidade e esterilidade.
A infertilidade pode acontecer por alguma doença, irregularidade nos órgão reprodutores, distúrbios hormonais, entre outros. Um casal é considerado infértil quando um dos parceiros ou os dois possuem alguma alteração no seu sistema reprodutor, o que os impede de ter filhos.
Conceitualmente, ela é definida quando há a tentativa de engravidar por mais de um ano, sem usar nenhum tipo de método contraceptivo, e não há resultados. Neste caso, a chance de gravidez é menor, mas ainda é possível caso seja feito algum tratamento.
Já a esterilidade, é quando não há possibilidade de uma gravidez natural acontecer. Essa incapacidade pode acontecer tanto no sistema reprodutor masculino, quanto no feminino.
Em mulheres, ela pode ser causada pela ausência do útero, seja por ela ter nascido assim ou pela retirada do órgão em algum momento. Já no homem, o mais comum é a falta de produção de espermatozóides ou a má qualidade deles.
O processo para reverter este quadro não é possível de forma natural, mas existem alternativas, como é o caso do útero de substituição (antigamente chamado de “barriga de aluguel”) e da doação anônima de espermatozóide.
Causas e tratamentos da infertilidade feminina
Cada caso é analisado e conduzido de forma diferente, mas nenhum tratamento pode ser feito sem acompanhamento médico. Não é recomendado o uso de medicamentos sem a orientação de um profissional e é preciso tomar muito cuidado com “promessas” vendidas como “milagres”, pois isso pode agravar a situação, desencadear outros problemas e ainda gerar frustração.
Existem muitas situações que podem causar a infertilidade feminina, como: idade avançada, alterações hormonais, má-formação de ovário ou útero, doenças pré-existentes, exposição a produtos químicos, obesidade, entre outros.
4 causas muito comuns de infertilidade
Esta é uma doença que acontece quando o tecido que reveste o útero, chamado Endométrio, começa a crescer em outros lugares, como: intestino, bexiga, ovários, ligamentos útero sacros e vagina.
Os principais sintomas são:
- Cólicas mais intensas;
- Dor durante a evacuação
- Dores durante a relação sexual
- Dor durante a micção
- Infertilidade
Tratamento:
A endometriose pode ser tratada com terapia medicamentosa, além de ações que melhorem a qualidade de vida e a dor como: exercícios, alimentação saudável e psicoterapia. Em certos casos, pode ser indicada a cirurgia as vias robótica e laparoscópica são as mais indicadas.
- Menopausa precoce
A Menopausa, normalmente, acontece dos 45 aos 50 anos. Quando ela ocorre antes dos 40, ela é considerada precoce. A menopausa é definida quando a mulher fica um ano sem menstruar. Existem situações que aumentam o risco de ter a Menopausa precoce, como: ter passado por sessões de quimio ou radioterapia, fazer uso de drogas e condições genéticas.
Os principais sintomas são:
- Fim da menstruação;
- Insônia;
- Falta de libido;
- Mudanças constantes de humor;
- Ondas de calor pelo corpo.
Tratamento:
Neste caso, além do uso de remédios com hormônio para minimizar os sintomas. Também é necessário optar por uma vida mais saudável, praticar exercícios e manter sempre um acompanhamento médico.
- Ovário Policístico
Esta Síndrome é causada por distúrbios hormonais que levam a formação de numerosos pequenos cistos no ovário. Existem diversos estudos sobre a sua causa, mas ainda não há um consenso sobre isso, pode ser genético ou por desequilíbrio hormonal.
Os principais sintomas são:
- Ciclo irregular;
- Obesidade;
- Acnes;
- Queda de cabelo;
- Depressão.
Tratamento:
O tratamento para o Ovário Policístico é iniciado por mudanças comportamentais. Muitas pacientes apresentam associação com tolerância insulínica e devem ter o tratamento direcionado.
- Inflamação das trompas (Hidrossalpinge)
Essa é uma inflamação que acontece nas trompas de Falópio, causando sua obstrução e, com isso, o óvulo não consegue ser captado pelas trompas, inviabilizando a fecundação. Ela é causada por bactérias que, na maioria dos casos, chegam no corpo por meio de doenças sexualmente transmissíveis, como a Gonorreia e a Clamídia.
Os principais sintomas são:
- Dor pélvica
- Trompa aumentada em exame de imagem
- Dificuldade de engravidar
Tratamento:
O tratamento vai depender se uma ou as duas trompas estão comprometidas. Se apenas uma estiver comprometida é recomendável a retirada desta e a gravidez pode acontecer normalmente pela outra. Se as duas trompas estiverem comprometidas o ideal é a retirada das trompas seguida por fertilização in vitro.
Como prevenir a infertilidade
A infertilidade pode acontecer de diversas maneiras e nem todas possuem uma prevenção, mas existem alguns comportamentos que, se adotados, podem ajudar em algumas situações e que também fazem bem à saúde de forma geral. São eles:
1. Fazer acompanhamento médico SEMPRE, pois todo diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso no tratamento.
2. Não deixar para depois a investigação dos sintomas descritos.
3. Se alimentar de forma equilibrada e saudável.
4. Praticar exercícios com regularidade.
5. Não fumar ou fazer uso de outros tipos de drogas.
6. Prevenir doenças sexualmente transmissíveis através do uso correto de métodos contraceptivos.
Existe tratamento para infertilidade
Os tratamentos da infertilidade dependem da situação da paciente e também de suas decisões. O tratamento é conduzido pelo ginecologista e pode ser feito com medicamentos (antibióticos, hormônios) ou procedimentos cirúrgicos:
Fertilização in vitro (FIV): neste caso, a fertilização do óvulo pelo espermatozóide ocorre em laboratório, originando os embriões que serão transferidos para o útero da mulher.
Videolaparoscopia/robótica: é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo que diagnostica e trata praticamente todas as doenças ginecológicas.
Videohisteroscopia: procedimento que visibiliza a cavidade uterina podendo fazer o diagnóstico e o tratamento de miomas, pólipos e aderências intra-uterinas.
É importante reforçar que todo tratamento feito de forma precoce aumenta as chances do tratamento funcionar e da paciente passar por esse processo com mais tranquilidade, leveza e saúde.
Doutor Thiers Soares é especialista em Endometriose, Miomas Complexos, Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia. Além disso, realiza tratamento da infertilidade nos diversos casos apresentados e muitos outros.
Consultório Doutor Thiers Soares
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