O sonho de ser mãe é compartilhado por muitas mulheres, marcando o início de uma fase repleta de expectativas e felicidade. Sem dúvidas, gerar e dar à luz a uma nova vida é uma experiência linda e marcante para as mulheres que almejam ser mamães. Contudo, o caminho para a concepção pode ser um pouco desafiador para algumas mulheres.
Em determinadas situações, obstáculos para engravidar podem surgir, levando a sentimentos de frustração e ansiedade. Algumas doenças ginecológicas, resultante de múltiplos fatores, podem ser um desses obstáculos enfrentados por mulheres.
A boa notícia é que os avanços na área da saúde reprodutiva têm sido significativos, proporcionando uma variedade de métodos que ajudam mulheres a realizarem o tão esperado sonho da maternidade.
Obstáculos da maternidade
O desejo por ter um filho é uma decisão íntima e pessoal, e que se manifesta em muitas mulheres. Esse sonho pode ser motivado por várias razões, como, por exemplo, o de ampliar a família e construir novos vínculos de amor.
A maternidade, mesmo quando ela ainda é apenas uma vontade, pode influenciar profundamente o bem-estar emocional e a confiança de uma mulher. Por isso, é muito importante ter ferramentas para gerenciar a ansiedade, pois o equilíbrio emocional pode ter efeitos sobre o sistema hormonal, afetando funções reprodutivas como a ovulação.
Além da ansiedade emocional, a infertilidade é uma realidade para muitas mulheres e casais, caracterizada pela dificuldade em conceber após um período de tentativas sem proteção contraceptiva.
Fatores como idade, desequilíbrios hormonais, endometriose e condições genéticas são algumas das causas mais frequentes de infertilidade feminina. E claro, também existem os problemas de fertilidade masculina que podem ser o fator da não gestação da mulher.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, cerca de 35% dos casos de infertilidade são devidos a fatores femininos, 35% a fatores masculinos, 20% a uma combinação de ambos e 10% permanecem sem explicação.
Infertilidade
Infertilidade é a incapacidade de conceber após um ano de tentativas sem proteção contraceptiva, uma situação que afeta aproximadamente 15% dos casais, segundo a Organização Mundial da Saúde. Casais podem considerar a possibilidade de infertilidade se não conseguirem engravidar dentro desse período, e mulheres com mais de 35 anos devem buscar orientação médica após seis meses de tentativas infrutíferas. As causas da infertilidade feminina incluem a diminuição da reserva ovariana com a idade, problemas uterinos, endometriose, síndrome dos ovários policísticos, menopausa precoce, infecções reprodutivas, disfunções tireoidianas e obstruções tubárias.
Primeiros passos para a maternidade
Para iniciar a caminhada rumo à maternidade, é fundamental o diálogo com o parceiro para assegurar que ambos estejam alinhados quanto ao desejo de ter um filho. Planejar a família é essencial, considerando as alterações na rotina diária, finanças e as novas responsabilidades que acompanham a chegada de um filho.
Após a decisão, é recomendável que a mulher busque uma avaliação médica para verificar sua saúde reprodutiva. Isso pode envolver exames de sangue para checar hormônios, ultrassonografias para examinar o útero e os ovários, e outros testes conforme necessário, baseados no histórico de saúde e idade da mulher.
Buscar orientação médica especializada é um passo recomendado para mulheres que não conseguiram engravidar após um ano de tentativas. A idade é um elemento significativo na fertilidade, e o adiamento do tratamento pode reduzir as chances de concepção.
Sintomas como ciclos menstruais desregulados, desconforto durante a intimidade e sangramentos atípicos podem sinalizar condições que impactam a fertilidade, como a endometriose.
A necessidade de assistência profissional também se faz presente quando procedimentos médicos anteriores, como operações na região pélvica ou tratamentos oncológicos, possam ter influenciado a capacidade reprodutiva. Nesses contextos, é sempre importante estar acompanhada de médicos especializados para guiar o seu processo respeitando seus vontades e particularidades
- Endometriose e gravidez
A endometriose é uma condição médica que afeta aproximadamente 10% das mulheres em fase fértil, conforme dados do Ministério da Saúde. Essa patologia é caracterizada pelo crescimento do tecido endometrial, que normalmente reveste o útero, em locais externos a ele, podendo atingir órgãos reprodutivos como os ovários e causar sintomas intensamente dolorosos.
Essa condição pode levantar dúvidas sobre a capacidade reprodutiva das mulheres. O tecido endometrial localizado fora do útero tem o potencial de interferir na funcionalidade ovariana e pode representar um desafio para a fixação do embrião no útero.
Contudo, é essencial compreender que a endometriose não determina necessariamente a infertilidade. Com acompanhamento médico apropriado, é totalmente possível planejar métodos que aumentem as probabilidades de engravidar.
- Adenomiose e gravidez
Adenomiose é uma condição ginecológica caracterizada pela presença de tecido endometrial, que normalmente reveste o interior do útero, infiltrando-se na camada muscular uterina, conhecida como miométrio. Esta condição pode levar à infertilidade e é mais comum em mulheres após os 30 anos de idade, aumentando também o risco de aborto espontâneo.
- Miomas e gravidez
Miomas uterinos, também identificados como leiomiomas ou fibromas, são tumores não cancerígenos que se desenvolvem no músculo uterino. Eles variam em dimensão, podendo ser quase imperceptíveis ou ter um tamanho considerável, e podem se situar em diferentes regiões do útero. Para identificar a presença de miomas, profissionais de saúde utilizam métodos de imagem como ultrassonografia, ressonância magnética e histeroscopia. Embora muitas vezes não manifestem sintomas, os miomas podem causar sangramento anormal, desconforto durante o ato sexual, sensação de pressão abdominal, constipação, desafios na concepção e alterações no ciclo menstrual. O tratamento é personalizado conforme as particularidades do mioma, podendo incluir medicamentos para mitigar os sintomas apresentados.
Mulheres com miomas podem engravidar, no entanto, esses tumores podem influenciar a evolução da gravidez e trazer riscos adicionais. É importante que gestantes nesta situação tenham um acompanhamento médico apropriado para monitorar os miomas e prevenir complicações.
- Cerclagem e gravidez
A intervenção cirúrgica conhecida como cerclagem é recomendada para gestantes que apresentam uma condição conhecida como incompetência cervical, caracterizada pela incapacidade do colo do útero em se manter fechado sob o peso crescente da gestação. Essa situação também é observada em pacientes com um colo uterino mais curto do que o usual.
A cerclagem visa prevenir o nascimento prematuro do bebê, contribuindo para um período gestacional mais estável e seguro. Aproximadamente 1% das gestantes são afetadas por essa condição, que é diagnosticada através de ultrassom transvaginal e exame físico. Para o tratamento, além da cerclagem, que pode ser realizada por via vaginal ou abdominal, outras opções incluem o uso de pessário, dispositivo intravaginal de silicone para suporte pélvico.
Você, mulher que deseja ser mãe, siga firme com seu sonho e não permita que alguém a convença de que não é possível realizar seu desejo. Se essa for sua vontade e você estiver encontrando dificuldades no caminho da maternidade, busque o auxílio de um profissional especializado. Ele poderá orientá-la sobre as melhores opções de tratamento para que possa realizar o seu grande sonho. E não se esqueça: todo útero é preservável!
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