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Qual é a diferença entre mioma e adenomiose?

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Qual é a diferença entre mioma e adenomiose?

Existem diversos tipos de doenças uterinas, e dentre elas, temos também os miomas uterinos e a adenomiose, que, apesar de serem diferentes, compartilham algumas semelhanças, principalmente no que diz respeito aos sintomas e ao impacto significativo na vida das mulheres.

Pacientes que são afetadas por essas condições podem experimentar cólicas menstruais intensas e dor pélvica crônica ao longo do ciclo, o que pode ser debilitante para a rotina diária. Além disso, períodos menstruais prolongados e abundantes são possíveis, o que requer a troca frequente de absorventes. Esse sangramento intenso pode levar à anemia e causar desconforto e preocupação.

Descrição das doenças

  • Mioma uterino

Os miomas uterinos são um tipo comum de tumor benigno que se desenvolve no útero e consistem em um crescimento anormal de células musculares lisas e tecido conjuntivo no órgão. Eles podem variar em tamanho e são mais frequentemente encontrados em mulheres em idade reprodutiva, especialmente durante os anos entre 30 e 40. Importante frisar  que cada mioma é originado de uma única célula miometrial.

  • Adenomiose

A adenomiose, por sua vez, é uma condição ginecológica em que o tecido endometrial, que normalmente reveste internamente o útero, cresce nas camadas musculares do órgão. Ela afeta principalmente mulheres em idade reprodutiva e pode causar sintomas como sangramento menstrual intenso, cólicas menstruais fortes e aumento do tamanho do útero.

Principais causas

  • Miomas uterinos

As causas dos miomas uterinos ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que múltiplos fatores desempenham um papel na sua formação. Alterações hormonais, principalmente níveis elevados de estrogênio, são consideradas um fator importante no desenvolvimento dos miomas. Além disso, predisposição genética e obesidade também estão associadas ao aumento do risco de ter essa doença.

  • Adenomiose

A adenomiose também não tem uma causa exata conhecida, mas existem algumas teorias, sendo a principal a invasão do tecido endometrial no miométrio, a camada muscular do útero. Isso pode ocorrer após procedimentos cirúrgicos, como cesariana ou curetagem uterina, que permitem esse evento. Outra teoria sugere que a adenomiose pode ser causada por alterações hormonais, como desequilíbrio entre estrogênio e progesterona, que afetam o crescimento e a regulação do tecido endometrial.

Tratamentos recomendados

O tratamento ideal para miomas uterinos e adenomiose pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas, a idade da paciente, seus planos reprodutivos e outros fatores individuais. É importante ressaltar que apenas um profissional especializado pode determinar o melhor planejamento para cada caso específico, portanto, é essencial fazer pesquisas e buscar segundas opiniões.

  • Mioma uterino

Para os miomas uterinos, o tratamento pode envolver desde medidas conservadoras até intervenções mais definitivas. Em casos assintomáticos ou com sintomas leves, é possível optar pela observação regular, monitorar o tamanho e a progressão dos miomas ao longo do tempo. Medicações, como contraceptivos hormonais podem ser prescritas para controlar os efeitos da doença.

Quando se torna necessário o tratamento cirúrgico para os miomas uterinos, a abordagem minimamente invasiva, como laparoscopia, cirurgia robótica e histeroscopia, deve ser a primeira opção. A laparotomia (cirurgia de barriga aberta) é destinada para casos mais complexos, mas a preservação do útero é possível, mesmo em casos assim. Quando a paciente não deseja mais preservar a fertilidade, a histerectomia pode ser indicada.

  • Adenomiose

No caso da adenomiose, o tratamento também pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas e os desejos reprodutivos da paciente. Medidas conservadoras, como o uso de medicamentos para aliviar a dor, podem ser recomendadas inicialmente. Terapias hormonais, como contraceptivos ou dispositivos intrauterinos liberadores de progesterona, podem ser recomendados para controlar os sintomas.

A cirurgia minimamente invasiva, como cirurgia robótica, laparoscópica, histeroscópica ou radiofrequência, pode ser uma opção para remover focos de adenomiose e aliviar os efeitos da doença. Além disso, terapias combinadas, que envolvem o uso de hormônios e abordagens comportamentais, podem ajudar a reduzir o crescimento do tecido endometrial fora do útero.

Histerectomia em ambos os casos

A histerectomia é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção do útero e, portanto, compromete aspectos de saúde, reprodutivos e emocionais de uma mulher. Por isso, é fundamental que as pacientes com miomas uterinos ou adenomiose busquem a opinião de um médico especializado, que irá avaliar a situação individualmente e discutir as opções de tratamento disponíveis, considerando as necessidades e preferências da paciente. 

Uma mulher que deseja engravidar não deve pensar na remoção do útero. Se você sofre de alguma dessas doenças, busque acompanhamento médico e garanta que sua saúde e seus objetivos futuros sejam respeitados. 

Dr. Thiers Soares é um médico especializado em adenomiose e um dos responsáveis por introduzir uma inovação no tratamento dos miomas, a Ablação por Radiofrequência dos Miomas Uterinos.

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