Algumas doenças que causam a infertilidade podem levar a remoção do útero. A cirurgia para a realização desse procedimento se chama Histerectomia e só pode ser recomendada caso a paciente já tenha passado por outros tipos de tratamento. Afinal, após a remoção do útero, as mudanças no corpo serão significativas, além de tornar nulas as chances de uma futura gravidez.
Aqui, defendemos que todo útero é preservável até que ele nos prove o contrário. Então, se você deseja engravidar, não aceite a retirada do útero como primeira opção, ela sempre é a última.
Entenda mais sobre esse procedimento abaixo:
O que é a Histerectomia
A Histerectomia é um procedimento cirúrgico para realizar a remoção parcial ou total do útero. Uma pessoa que passa por este tipo de cirurgia, não poderá mais engravidar. É uma cirurgia ginecológica que pode ser realizada por via robótica, laparoscópica (“por vídeo”), por laparotomia (“abrindo a barriga”) ou por via vaginal.
Os casos mais comuns que podem levar à realização dessa cirurgia, são:
- hemorragias;
- infecções;
- adenomiose ;
- miomas;
- câncer de colo do útero em estágio avançado;
- câncer nos ovários;
- além de outras doenças uterinas.
Essa cirurgia, normalmente, é realizada em último caso, ou seja, após todos os outros recursos para preservar os órgãos já terem sido feitos, ou em casos em que a paciente deseja retirar o útero, mesmo sem ter tentado todos os tratamentos.
Como é feita a histerectomia
Dependendo do motivo da histerectomia, o cirurgião avalia a necessidade de remover o útero inteiro ou parcialmente, dessa forma, a cirurgia pode ter diferentes propostas.
- Histerectomia subtotal: remoção apenas da parte superior, mantendo o colo do útero.
- Histerectomia total: remoção de todo o útero e também o colo do útero.
- Histerectomia radical: remoção completa do útero, como: paramétrio (tecido lateral ao útero), colo, parte superior da vagina, etc.
Após entender o caso, o médico irá definir a melhor abordagem para o seu procedimento. É possível que a cirurgia seja feita de 3 métodos diferentes:
Histerectomia vaginal: consiste em fazer a remoção do útero pela vagina, dessa forma, evita incisões externas e não deixa cicatrizes visíveis no corpo.
Histerectomia abdominal: o útero é retirado através de uma pequena incisão (como uma cesárea). O tempo de recuperação aqui é mais longo que na histerectomia vaginal, além de possuir as incisões externas e deixar cicatriz.
Histerectomia assistida por laparoscopia ou por robótica: quando a cirurgia é realizada dessa forma, é inserido o laparoscópio através de um pequeno corte no umbigo e outras incisões pequenas e baixas. Quando o útero é pequeno, ele sai por via vaginal, quando o útero está muito aumentado, ele é fragmentado dentro de uma “bolsa” especial e retirada por uma das incisões abdominais. .
Como é o pré e o pós-operatório
Assim como em toda cirurgia, a paciente deve fazer uma preparação antes de realizá-la, seguindo todas as recomendações e orientações específicas para cada caso. Algumas das necessidades são:
- Evitar fumar dias antes do procedimento;
- Não comer ou beber nas horas que antecedem a cirurgia;
- Parar de tomar certos medicamentos.
Já no pós-operatório, é previsível alguns efeitos, como: dor, sangramento vaginal, desconforto para urinar e problemas digestivos (distensão abdominal e constipação). No caso específico da histerectomia, se o útero for removido juntamente com os ovários, os sinais da menopausa vão aparecer, ou seja, a pessoa apresentará sintomas específicos dessa etapa: ondas de calor, insônia, mudanças de humor, ansiedade, entre outros.
Além disso, é possível que o médico solicite a permanência por mais tempo no hospital (cirurgia de barriga aberta) ou libere em menos de 24 horas (laparoscopia/robótica/vaginal).
Durante as semanas após o procedimento, é necessário descansar e fazer exercícios leves, algumas recomendações gerais são:
- Repousar. A recuperação depende da via. As vias minimamente invasivas (laparoscopia/robótica/vaginal) precisam de 10/15 dias de repouso. A laparotomia, em média, de 2 meses.
- Evitar relação sexual com penetração vaginal. Aguardar em torno de 6 a 8 semanas (independente da via).
- Fazer pequenas caminhadas em casa. O objetivo é melhorar a circulação, evitar trombose e ajudar com os movimentos intestinais (peristalse).
É importante observar os seguintes sinais:
- Sangramento vaginal: em pequena quantidade é normal, principalmente nas primeiras semanas.
- Vômitos frequentes
- Febre persistente – Acima de 37.8ºC
- Dor muito forte na barriga
“Preciso mesmo fazer histerectomia?”
A histerectomia, como toda cirurgia, deve ser feita com um profissional especializado. Isso trará mais segurança à mulher, pois este procedimento cirúrgico só deve ser indicado se realmente for necessário.
Se você TEM o desejo de engravidar, NÃO ACEITE a histerectomia (retirada de seu útero) como opção! Sim, é possível realizar esse desejo, independente do tamanho ou a quantidade dos miomas
Converse com seu médico para decidir qual é o melhor tratamento para seu caso. E se você escutar que o seu útero só pode ser retirado abrindo a sua barriga, procure uma segunda opinião.
Doutor Thiers Soares é especialista em Histerectomia, Endometriose, Miomas Complexos, Laparoscopia, entre outros.
Marque a sua consulta:
Consultório Doutor Thiers Soares
Endereço: Rua Visconde de Pirajá, 595/Sala 305
Telefone e WhatsApp: (21) 99516-5635
Instagram: @thiers