A adenomiose pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das mulheres, pois ela traz uma série de desafios físicos e emocionais. Além dos sintomas desconfortáveis, muitas mulheres também têm receio de passar por uma histerectomia, que é a remoção do útero, como forma de curar a doença. Portanto, é crucial se manter informada para que possa tomar a melhor decisão sobre seu tratamento em conjunto com seu médico.
O endométrio, a camada interna do útero, normalmente é descamado a cada ciclo menstrual, o que resulta em uma menstruação normal. A adenomiose é uma condição na qual o endométrio cresce e invade o miométrio, que é a parede muscular do útero. Essa “invasão” pode levar a uma série de consequências para mulheres em diferentes faixas etárias.
O diagnóstico de adenomiose normalmente é feito por meio de exames de imagem, como ultrassonografia transvaginal ou ressonância magnética
Manifestações da adenomiose
A adenomiose é uma condição uterina que pode apresentar uma variedade de sintomas que afetam a vida das mulheres, como:
- cólicas menstruais intensas;
- fluxo menstrual prolongado;
- sangramento fora do período menstrual;
- dor pélvica;
- dor durante a relação sexual.
Ela pode se manifestar de formas diferentes:
Adenomiose focal: o tecido endometrial cresce como um nódulo dentro da parede uterina. Isso pode causar sintomas semelhantes aos da forma difusa, mas pode ser mais fácil de identificar em exames de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética.
Adenomiose difusa: condição mais grave, uma vez que, ao invés de estar localizada em um único ponto, se espalha por todas as paredes do útero.
É importante ressaltar que a gravidade pode variar entre as mulheres, algumas podem apresentar sintomas mais leves, enquanto outras podem experimentá-los de forma mais intensa e limitante. Se houver suspeita de adenomiose, é essencial procurar orientação de um profissional de saúde para obter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento.
É necessário realizar a remoção do útero?
Infelizmente, muitos médicos ainda recomendam a histerectomia, que consiste na remoção completa do útero, como a primeira opção para mulheres com adenomiose. No entanto, todas as mulheres precisam entender que existem diversas abordagens disponíveis, desde medicamentos até intervenções cirúrgicas, e a escolha deve ser baseada no desejo da mulher – principalmente se ela deseja engravidar ou não.
Cada caso é único, e um médico especialista poderá orientar a paciente sobre as opções disponíveis para realizar o sonho de ter filhos, mesmo após a melhora da adenomiose. Ao decidir entre a remoção do útero ou explorar outras opções cirúrgicas para tratar essa doença, a paciente deve estar em constante diálogo com um médico especialista, que buscará a melhor solução.
Opções de tratamento da adenomiose
Existem opções de procedimentos disponíveis para mulheres com adenomiose, e a escolha dependerá da gravidade dos sintomas, da idade da paciente, do desejo de preservar a fertilidade e de outros fatores individuais. Alguns deles incluem o uso de medicamentos para controlar a dor e reduzir o crescimento do tecido endometrial, como analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides e contraceptivos hormonais.
Existem opções de procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, como cirurgia robótica, laparoscopia, histeroscopia ou radiofrequência. Essas abordagens avançadas podem ser consideradas, juntamente com terapias combinadas que envolvem o uso de tratamentos hormonais e comportamentais.
A histerectomia só deve ser recomendada nos casos mais graves, quando os sintomas são debilitantes e não respondem às opções conservadoras e a paciente não deseja mais engravidar. Por isso, é necessário discutir todas as opções com um médico especialista para encontrar um plano de tratamento personalizado para cada paciente.
Procure ajuda profissional!
Buscar a assistência de um profissional especializado em adenomiose é fundamental para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. Essa doença é uma condição complexa e requer um entendimento aprofundado dos sintomas, opções terapêuticas e possíveis complicações. Um especialista nessa área possuirá o conhecimento para avaliar o paciente, realizar exames adequados, interpretar os resultados e indicar uma abordagem.
Também é indicado buscar uma segunda opinião, especialmente se o médico recomendar a remoção do útero como proposta inicial. Ter acesso a diferentes experiências e conhecimentos aumenta as chances de explorar opções menos invasivas e proporciona à paciente a tranquilidade de tomar a melhor decisão. Além disso, pode ajudar a confirmar o diagnóstico e garantir que o tratamento proposto seja a melhor alternativa para o caso específico da paciente.
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