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Tratamento da Adenomiose sem cirurgia: é possível?

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Tratamento da Adenomiose sem cirurgia: é possível?

A descoberta de um diagnóstico de adenomiose já é responsável por gerar uma série de emoções, e a possibilidade de um procedimento cirúrgico pode intensificar a ansiedade e a insegurança em muitas mulheres. A incerteza em torno da intervenção cirúrgica pode criar um ambiente de apreensão, principalmente quando se considera os desafios físicos e emocionais associados ao tratamento da adenomiose. 

Muitas mulheres, ao se depararem com essa possibilidade, enfrentam dilemas e preocupações sobre o impacto da cirurgia em suas vidas, desde a recuperação física até as implicações emocionais associadas à decisão de passar por um procedimento invasivo. Mas será que existe a necessidade de realizar um procedimento cirúrgico nesses casos? Essa é uma pergunta de diversas mulheres e que será respondida nesse texto!

Quais os tratamentos para a adenomiose

A abordagem terapêutica para a adenomiose pode variar, e nem todas as mulheres diagnosticadas precisam passar por uma cirurgia. Métodos menos invasivos, como terapias medicamentosas e procedimentos minimamente invasivos, também podem ser considerados, mas isso vai variar da gravidade dos sintomas e das necessidades individuais da paciente. 

A decisão deve ser tomada em colaboração entre a paciente e sua equipe médica, levando em conta o equilíbrio entre os benefícios do tratamento e os potenciais impactos na qualidade de vida. 

Existem algumas abordagens não-cirúrgicas que podem ser consideradas:

  • Medicamentos para Alívio Sintomático:

Se os sintomas da adenomiose forem leves a moderados, a abordagem inicial pode envolver medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), prescritos pelo médico. Embora esses medicamentos ajudem a aliviar a dor e reduzir o sangramento, é importante observar que eles não tratam a condição em sua totalidade.

  • Terapia Hormonal para Controle dos Sintomas:

Terapias hormonais oferecem alternativas eficazes para controlar os sintomas da adenomiose. Dispositivos intrauterinos liberadores de levonorgestrel (DIU-LNG), medicamentos hormonais combinados (estrogênio + progesterona) ou progesterona isolada são opções que ajudam a controlar o crescimento excessivo do tecido endometrial, contribuindo para o alívio dos sintomas.

  • Abordagens Complementares para Melhorar a Qualidade de Vida:

Além dos tratamentos médicos convencionais, outras opções, como fisioterapia, acupuntura e uma dieta anti-inflamatória, podem ser exploradas para melhorar a qualidade de vida das pacientes com adenomiose. Essas abordagens complementares podem ser associadas para oferecer um tratamento mais completo para essa condição. 

Quando é necessário fazer tratamentos cirúrgicos 

Ao optar por uma cirurgia para tratar a adenomiose, os procedimentos minimamente invasivos são as opções mais inovadoras e eficazes. A retirada cirúrgica da adenomiose, especialmente através da via robótica, se destaca como uma abordagem cirúrgica avançada, pois proporciona benefícios como menor tempo de recuperação e menor impacto nos tecidos circundantes. 

Já a ablação por radiofrequência é uma técnica inovadora, que oferece uma alternativa de tratamento ao destruir termicamente a adenomiose. É essencial destacar, no entanto, que esses procedimentos cirúrgicos reduzem parcialmente a adenomiose, já que traz alívio dos sintomas e melhora a qualidade de vida, mas a cura definitiva só é alcançada com a retirada do útero, conhecida como histerectomia

A escolha entre as opções cirúrgicas deve ser cuidadosamente discutida e considerada em colaboração com o médico, que deve levar em consideração as necessidades específicas de cada paciente. A decisão deve refletir não apenas a eficácia clínica, mas também os objetivos reprodutivos, as preferências individuais e o impacto potencial na qualidade de vida da mulher afetada pela adenomiose.

Busque o melhor tratamento para o seu caso

É crucial enfatizar que o tratamento da adenomiose requer uma abordagem altamente personalizada, que deve considerar uma série de fatores específicos em cada caso, como: 

  • gravidade dos sintomas; 
  • idade da paciente;
  • objetivos de saúde;
  • desejo de engravidar
  • preferências pessoais.

Cada mulher enfrenta a adenomiose de maneira única, por isso é importante que os profissionais de saúde adotem uma abordagem adaptativa, que leve em consideração as complexidades individuais de cada paciente.

A personalização do tratamento permite uma resposta mais eficaz aos desafios específicos apresentados por cada caso de adenomiose. Seja por meio de terapias hormonais, medicamentos para alívio sintomático, procedimentos minimamente invasivos ou considerando a opção mais definitiva da histerectomia, a decisão deve ser cuidadosamente moldada para atender às necessidades únicas da paciente. 

Portanto, é essencial uma comunicação aberta e colaborativa entre a equipe médica e a paciente, para garantir que as escolhas terapêuticas se alinhem não apenas com a condição médica em questão, mas também com as expectativas e valores individuais da mulher afetada pela adenomiose.

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