A endometriose é uma condição em que células do revestimento uterino se desenvolvem fora da área onde deveriam estar, causando inflamação em outras partes do corpo. Esse revestimento, conhecido como endométrio, está diretamente ligado ao ciclo menstrual. Quando não há fecundação, ele é parcialmente expelido durante a menstruação. Mas será que a menopausa pode de fato resolver o problema da endometriose?
Os principais sinais da endometriose incluem:
- Cólicas menstruais intensas;
- Sensação de náusea;
- Inchaço abdominal;
- Incômodo ou dor ao ter relações sexuais;
- Sangramentos vaginais fora do ciclo;
- Dor na parte inferior das costas;
- Dificuldade para engravidar;
- Dor ou dificuldade para evacuar;
- Desconforto na região anal.
A gravidade desses indícios pode variar bastante. Algumas mulheres podem ter sintomas tão leves que a doença passa despercebida. Porém, em muitos casos, os impactos são intensos a ponto de comprometer as atividades diárias, o desempenho no trabalho e até mesmo as relações pessoais.
Afinal, a menopausa pode curar a endometriose?
A menopausa não “resolve” a endometriose completamente. O que acontece em cerca de 95% das mulheres é que a diminuição na produção de hormônios leva à redução dos sintomas, pois os focos da doença tendem a se atrofiar. Entretanto, essa melhora não atinge todas as mulheres. Mas por que isso ocorre?
A queda dos níveis de estrogênio realmente provoca a retração de algumas áreas afetadas pela endometriose. Porém, esses focos são formados por tecidos glandulares, estromais e fibroses. A fibrose, por sua natureza, não diminui nem desaparece, permanecendo no organismo. Dependendo da região afetada, essa fibrose residual pode causar tração nas estruturas, levando ao surgimento de sintomas.
Como a menopausa interfere na endometriose?
Como mencionado, a endometriose se caracteriza pelo crescimento anormal de tecido similar ao endometrial em órgãos próximos ao útero. É comum que mulheres com a doença tenham focos de endometriose nos ovários, trompas, peritônio pélvico e nas regiões entre o útero e a vagina, incluindo o septo retovaginal.
A endometriose afeta muitas mulheres. Dados da Sociedade Brasileira de Endometriose indicam que mais de sete milhões de brasileiras convivem com a doença. Identificar o problema cedo pode contribuir para uma melhora significativa na qualidade de vida, reduzindo os sintomas.
Embora a menopausa possa parecer uma solução para os sintomas da endometriose, é importante lembrar que também traz outros desafios. Entre eles:
– Irregularidades no ciclo menstrual;
– Diminuição do desejo sexual;
– Secura e desconforto vaginal, que podem causar dor durante o ato sexual;
– Ondas de calor e suor excessivo (os famosos fogachos).
Portanto, manter acompanhamento médico regular é fundamental em todas as fases da vida. Se você está na menopausa e continua sentindo dores, não hesite em procurar um tratamento especializado.
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