A presença de endometriose durante a gravidez pode ter um impacto direto na gestação da paciente, especialmente nos casos em que a condição se manifesta de maneira mais severa.
É fundamental que gestantes com endometriose sejam acompanhadas com frequência por um especialista em ginecologia e obstetrícia, para garantir um monitoramento cuidadoso e reduzir possíveis problemas na gravidez.
Os principais perigos associados a essa condição incluem:
– Aumento da probabilidade de aborto;
– Risco mais elevado de parto antes do tempo ideal;
– Maior chance de ruptura dos vasos uterinos;
– Problemas que podem surgir com a placenta;
– Potencial mais alto de desenvolver pré-eclâmpsia;
– Indicação de cesariana;
– Chances aumentadas de gravidez ectópica, onde o feto se desenvolve fora do útero.
O que é endometriose?
A endometriose é uma inflamação em que o tecido semelhante ao revestimento do útero aparece em outras regiões do corpo, como ovários, intestino ou bexiga. Essa condição pode se manifestar de formas variadas, dependendo da localização, extensão ou profundidade, influenciando na escolha do tratamento adequado. A abordagem terapêutica leva em consideração também os sintomas apresentados por cada mulher.
Embora não exista cura para a doença, os tratamentos disponíveis ajudam a manter a qualidade de vida, permitindo o controle dos sintomas. As opções devem ser personalizadas, considerando fatores como o tipo de endometriose, idade da paciente e qualquer outra situação de saúde que possa afetar o quadro.
Sintomas de endometriose
Há um engano comum sobre a endometriose, que precisa ser desmentido: ela não é uma condição sem sintomas. Muitas vezes, os sinais são confundidos com desconfortos menstruais típicos, mas essa doença costuma se manifestar de formas mais específicas, com intensidade variável. Entre os sinais mais comuns estão a dismenorreia, que se caracteriza por cólicas menstruais intensas, muitas vezes resistentes a analgésicos, e a dispareunia, uma dor sentida durante as relações íntimas.
Cada mulher pode apresentar sintomas diferentes ou até mesmo não apresentar nenhum desconforto, o que torna a condição difícil de identificar em alguns casos.
Intervenções cirúrgicas para endometriose
Na busca por tratamentos para a endometriose, é fundamental considerar os objetivos e expectativas da paciente. Por exemplo, quando há o desejo de engravidar, o foco deve ser em alternativas que preservem o útero, possibilitando uma futura gravidez.
Os métodos cirúrgicos mais recomendados para endometriose incluem a laparoscopia e a cirurgia robótica. Esses métodos são menos invasivos e têm como objetivo remover a endometriose sem comprometer o útero. Desta forma, é possível reduzir os sintomas da doença, além de manter a possibilidade de uma gestação futura para quem deseja ter filhos.
Como tratar a endometriose durante a gravidez
Normalmente, a endometriose é controlada com remédios que suspendem o ciclo menstrual, como o uso contínuo de anticoncepcionais. Em alguns casos, pode ser necessário recorrer a intervenções cirúrgicas para remover lesões que tenham afetado órgãos específicos.
Durante a gravidez, no entanto, muitas mulheres notam uma melhora nos sintomas. Ainda não há uma explicação definitiva para isso, mas acredita-se que esteja ligado aos altos níveis de progesterona que o corpo libera nesta fase. A ausência do ciclo menstrual também contribui para essa sensação de alívio.
É importante destacar que esse efeito não é permanente. A gravidez e a amamentação não acabam com a endometriose. Assim que a amamentação termina, a condição tende a reaparecer.
A melhor estratégia para lidar com a endometriose é o acompanhamento de perto e diagnóstico precoce. Por isso, mantenha consultas regulares com o ginecologista e fique atenta aos sinais do seu corpo. Dessa forma, é possível identificar a doença cedo e seguir um tratamento que assegure qualidade de vida.
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