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Quando não retirar miomas?

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Quando não retirar miomas?

Os miomas são tumores benignos que se desenvolvem no tecido muscular do útero. Embora possam causar desconforto significativo em algumas mulheres, em muitos casos, eles não representam um risco à saúde. A decisão de remover ou não um mioma deve ser cuidadosamente avaliada, levando em consideração a saúde geral da paciente, seus sintomas, objetivos reprodutivos e qualidade de vida.

Muitas mulheres podem conviver com miomas sem que eles causem impacto significativo, optando por uma abordagem de monitoramento em vez de intervenções cirúrgicas. Abaixo, veja alguns cenários em que não é necessário remover um mioma e as razões para isso:

 1. Miomas assintomáticos

Se os miomas não causam sintomas como dor pélvica, sangramentos menstruais intensos, sensação de pressão abdominal ou alterações na função de órgãos próximos, geralmente não é necessário removê-los. Muitas mulheres possuem miomas pequenos e assintomáticos que são descobertos acidentalmente durante exames de rotina, sem que apresentem qualquer impacto em sua saúde.

 2. Miomas pequenos

O tamanho do mioma é um fator determinante na decisão de removê-lo. Miomas menores que 4 centímetros e que não estão crescendo rapidamente podem ser apenas monitorados (com exceção dos submucosos). Exames regulares, como ultrassonografias e ressonâncias magnéticas, são fundamentais para garantir que eles permaneçam estáveis e não causem complicações futuras.

 3. Localização favorável

A localização do mioma no útero é outro aspecto essencial. Miomas que não interferem na cavidade uterina, como os que estão localizados na parte externa do útero ou dentro do miométrio (camada muscular), geralmente não exigem tratamento cirúrgico. Já os miomas que afetam a cavidade uterina (submucosos) podem impactar a fertilidade ou causar sintomas mais evidentes, exigindo uma abordagem diferente.

 4. Impacto na qualidade de vida

A decisão de tratar um mioma está profundamente ligada ao impacto que ele tem no cotidiano da paciente. Miomas que não interferem na rotina, não causam sintomas debilitantes e não representam riscos à saúde podem ser mantidos sob observação. O monitoramento periódico garante que a qualidade de vida da mulher seja preservada, sem a necessidade de procedimentos invasivos.

5. Manutenção da fertilidade

Mulheres que desejam engravidar devem considerar cuidadosamente a necessidade de remover miomas. Em alguns casos, os miomas não afetam a capacidade de concepção nem aumentam os riscos de complicações durante a gestação. Nesses cenários, é possível priorizar uma abordagem conservadora para preservar a fertilidade.

No entanto, é fundamental que o acompanhamento médico seja rigoroso para garantir que os miomas não representem riscos durante a gravidez. Decisões relacionadas à fertilidade devem sempre ser tomadas em conjunto com um especialista.

6. Proximidade à menopausa

Miomas são sensíveis ao estrogênio, um hormônio que desempenha um papel importante no crescimento desses tumores. Após a menopausa, os níveis de estrogênio no corpo da mulher caem, o que geralmente leva à redução no tamanho dos miomas. Por essa razão, mulheres próximas à menopausa podem optar por não remover os miomas, desde que eles não estejam causando sintomas graves.

O acompanhamento regular é crucial para garantir que o mioma não cresça ou cause complicações durante essa transição hormonal.

 7. Preferência pessoal

Em alguns casos, a paciente pode optar por evitar a cirurgia, mesmo que existam alternativas viáveis para a remoção. Essa decisão pode ser motivada por diversos fatores, como medo de procedimentos invasivos, desejo de evitar cicatrizes ou uma abordagem mais natural para o cuidado com a saúde.

Independentemente da escolha da paciente, é essencial que ela seja informada sobre os benefícios e riscos de todas as opções disponíveis. Essa decisão deve ser respaldada por exames regulares e o acompanhamento próximo de um profissional de saúde.

Monitoramento

Quando a remoção do mioma não é necessária, o monitoramento regular é a principal estratégia de manejo. Isso inclui exames físicos, ultrassonografia e, em alguns casos, ressonância magnética para avaliar o tamanho, localização e características do mioma ao longo do tempo.

O objetivo do monitoramento é identificar precocemente qualquer alteração que possa indicar a necessidade de intervenção. Alguns sinais de alerta incluem:

– Crescimento acelerado do mioma.

– Aparição de sintomas significativos, como dor ou sangramento intenso.

– Alterações que impactem a função de órgãos próximos, como a bexiga ou o intestino.

O acompanhamento periódico permite que as pacientes mantenham sua qualidade de vida enquanto monitoram a evolução do mioma.

Embora a não remoção do mioma seja uma alternativa válida em muitos casos, é importante estar atenta a mudanças no quadro clínico. Algumas situações podem exigir uma reavaliação da abordagem, como:

  • Aumento significativo no tamanho do mioma.
  • Dificuldades para engravidar ou complicações durante a gestação.

Esses cenários devem ser discutidos com um profissional especializado, que poderá recomendar a melhor conduta para cada caso.

Se você possui miomas e está em dúvida sobre a melhor conduta, agende uma consulta.

Consultório Doutor Thiers Soares  

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