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A Adenomiose pode virar câncer?

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A Adenomiose pode virar câncer?

Há um mito comum de que a adenomiose pode evoluir para câncer, mas essa ideia não corresponde aos fatos. No entanto, é importante ficar de olho em fatores que podem influenciar a saúde uterina e agravar sintomas.

A adenomiose ocorre quando o tecido que reveste o útero internamente, chamado endométrio, se infiltra na musculatura uterina. Isso pode causar aumento do útero, fluxo menstrual intenso, dores pélvicas constantes e desconfortos ao longo do ciclo. As causas ainda não são totalmente claras, mas suspeita-se que alterações hormonais e inflamações tenham influência no surgimento da condição.

Sintomas da adenomiose

Os sinais podem variar de uma pessoa para outra, e algumas podem até não apresentar sintomas. Entre os mais comuns, estão:

  • cólica intensa durante a menstruação (dismenorreia);
  • fluxo menstrual mais intenso;
  • inchaço abdominal;
  • histórico de abortos espontâneos.

Tipos de Adenomiose

1. Adenomiose focal: o tecido endometrial invade áreas específicas da parede uterina, formando nódulos.

2. Adenomiose difusa: aqui, o tecido se espalha de forma mais uniforme na musculatura uterina, sem formar nódulos visíveis.

3. Adenomiose cística: caracteriza-se pela formação de cistos com conteúdo sanguíneo na musculatura uterina.

4. Adenomiose subendometrial: ocorre quando o tecido endometrial se posiciona logo abaixo do revestimento interno do útero.

Diagnóstico da adenomiose

Para diagnosticar a adenomiose, especialistas usam exames de imagem como a ultrassonografia e, com maior precisão, a ressonância magnética. É fundamental que as mulheres fiquem atentas a mudanças no ciclo menstrual ou dores na região pélvica e procurem avaliação médica, caso notem anormalidades. Um diagnóstico correto ajuda a controlar os sintomas de forma adequada e contribuem para o aumento da qualidade de vida das pacientes.

Afinal, a adenomiose pode virar câncer uterino?

Muitas mulheres se preocupam com a possibilidade de a adenomiose se transformar em câncer, mas essa preocupação não tem fundamento. A adenomiose é uma condição benigna que, por vezes, é confundida com a endometriose. Existem semelhanças nos mecanismos biológicos que envolvem a adenomiose e o câncer de endométrio, mas esses processos ainda não são totalmente compreendidos.

Por outro lado, o câncer de endométrio é maligno e exige tratamento imediato, sendo um dos mais preocupantes entre as mulheres no Brasil, ocupando a quarta posição em causas de morte por câncer. Os fatores que podem realmente aumentar o risco de câncer uterino incluem:

– obesidade;

– histórico de câncer de ovário ou de mama;

– predisposição genética;

– hiperplasia do endométrio;

– diabetes.

Tratamentos para adenomiose

Apesar de a adenomiose não ter cura, existem formas de aliviar os sintomas e melhorar o bem-estar. Medicamentos anti-inflamatórios podem ajudar a diminuir a dor e a inflamação. Opções hormonais, como pílulas anticoncepcionais e dispositivos intrauterinos, são úteis para regular o crescimento do tecido endometrial. Em algumas situações, tratamentos cirúrgicos minimamente invasivos ou até a histerectomia podem ser considerados, especialmente se a gravidez não for um plano futuro.

A escolha do tratamento depende da intensidade dos sintomas e dos desejos reprodutivos da mulher. Uma consulta com um ginecologista é indispensável para definir a abordagem mais adequada para cada caso específico.

Se você recebeu o diagnóstico de adenomiose, é fundamental manter o acompanhamento com um médico e seguir todas as orientações. Realizar exames de rotina, como o Papanicolau e a ultrassonografia, é importante para monitorar a saúde ginecológica e esclarecer qualquer dúvida ou sintoma que apareça.

O acompanhamento médico regular garante o cuidado necessário para detectar doenças como a adenomiose, que, mesmo não se transformando em câncer, pode ter impactos consideráveis na saúde feminina. 

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