Blog

5 mitos e verdades da Adenomiose

Blog

5 mitos e verdades da Adenomiose

Em uma matéria realizada pelo portal Terra, Dr. Thiers Soares compartilhou informações sobre a adenomiose e esclareceu algumas crenças sobre essa condição que afeta as paredes musculares do útero.

Veja abaixo, os 5 mitos e verdades abordados pelo Dr. Thiers:

1. A adenomiose pode causar infertilidade

Sim. Sem tratamento, a adenomiose pode resultar em infertilidade devido ao crescimento anormal do tecido endometrial no miométrio, que pode impedir a implantação do embrião. Identificar a doença cedo é fundamental para iniciar o tratamento e evitar cicatrizes e outras complicações uterinas que podem levar à infertilidade.

2. A adenomiose é câncer

Não. A adenomiose é uma condição benigna e não está relacionada ao câncer. Pode ocorrer em diferentes graus em cada mulher, mas não há ligação entre a adenomiose e o câncer.

3. Adenomiose é a mesma coisa que endometriose

Não. A adenomiose ocorre na parede do útero, enquanto a endometriose se manifesta fora do útero. Ambas envolvem a presença de tecido semelhante ao endométrio em locais anômalos e são influenciadas pelo estrogênio.

4. A adenomiose causa ganho de peso

Não. Embora a adenomiose possa causar distensão abdominal devido à inflamação dos intestinos, que pode alterar o ritmo intestinal e gerar inchaço, ela não leva ao ganho de peso. O aumento abdominal é resultado da inflamação, não de um ganho real de peso.

5. Existem outras opções de tratamento além da histerectomia

Sim. A histerectomia, que é a remoção completa do útero, é uma opção definitiva para tratar a adenomiose, especialmente quando realizada por técnicas minimamente invasivas, que oferecem menor tempo de recuperação. No entanto, este procedimento é indicado apenas para mulheres que não desejam engravidar. Outras alternativas de tratamento incluem medicamentos anti-inflamatórios não esteroides e terapia hormonal.

A adenomiose pode ser classificada em:

Difusa: quando o tecido endometrial se distribui uniformemente dentro do miométrio;

Focal: presença de um ou mais nódulos de tecido endometrial na parede muscular do útero;

Superficial: quando o tecido endometrial cresce próximo à superfície da parede uterina;

Profunda: ocorre quando o tecido endometrial penetra profundamente na parede uterina, afetando as camadas musculares mais internas.

Como é diagnosticada a adenomiose?

O diagnóstico é realizado através da análise do histórico médico e do exame clínico da paciente. Se houver sintomas como aumento do sangramento, cólicas menstruais intensas e, às vezes, infertilidade, são recomendados exames físicos e de imagem, como ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética com preparo específico para mapeamento da endometriose. Esses exames se complementam para fornecer uma visão mais precisa da condição.

A ultrassonografia é útil, mas a ressonância magnética oferece mais detalhes para o diagnóstico da adenomiose. Durante esses exames, é possível observar o miométrio heterogêneo e, em alguns casos, identificar cistos. Na adenomiose focal, podem ser vistas imagens nodulares, e a zona de transição geralmente aparece heterogênea e espessada.

A histeroscopia, usada frequentemente em casos de sangramento uterino anormal ou infertilidade, permite a visualização de sinais de adenomiose quando a doença está próxima ao interior da cavidade uterina. No entanto, um resultado normal na histeroscopia não exclui a presença da doença.

A tomografia computadorizada pode detectar o aumento do volume uterino, mas raramente garante um diagnóstico acurado da adenomiose.

Quais são os tratamentos para a adenomiose?

O tratamento da adenomiose pode variar e nem todas as mulheres diagnosticadas necessitam de cirurgia. Métodos menos invasivos, como terapias medicamentosas e procedimentos minimamente invasivos, podem ser considerados, dependendo da gravidade dos sintomas e das necessidades individuais da paciente.

A decisão de tratamento deve ser tomada em conjunto com a equipe médica, considerando os benefícios e os impactos na qualidade de vida.

As opções de tratamento não-cirúrgico incluem:

  • Medicamentos para aliviar a dor: se os sintomas forem leves a moderados, a abordagem inicial pode incluir anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) para aliviar a dor e reduzir o sangramento, embora não tratem a condição em si.
  • Terapia hormonal para controle dos sintomas: dispositivos intrauterinos liberadores de levonorgestrel (DIU-LNG), medicamentos hormonais combinados (estrogênio e progesterona) ou progesterona isolada podem controlar o crescimento excessivo do tecido endometrial e aliviar os sintomas.
  • Abordagens complementares para melhorar a qualidade de vida: além dos tratamentos médicos convencionais, opções como fisioterapia, acupuntura e uma dieta anti-inflamatória podem ser boas opções para melhorar a qualidade de vida das pacientes.

É essencial que o tratamento da adenomiose seja personalizado, levando em consideração fatores como gravidade dos sintomas, idade da paciente, preferências pessoais, objetivos de saúde e desejo de engravidar.

Cada mulher enfrenta a adenomiose de forma única, por isso, os profissionais de saúde devem adotar uma abordagem adaptável, levando em conta as complexidades individuais de cada caso. Seja por meio de terapias hormonais, medicamentos para alívio dos sintomas, procedimentos minimamente invasivos ou, em casos mais graves, a histerectomia, a decisão deve ser cuidadosamente pensada e acertada para atender às necessidades específicas da paciente.

Confira a notícia completa:

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-mitos-e-verdades-sobre-a-adenomiose,8a83bc7e439460828420c9759ca3c49e745vtwgh.html

Marque a sua consulta!

Consultório Doutor Thiers Soares

Endereço: Rua Visconde de Pirajá, 595/Sala 305

Telefone e WhatsApp: (21) 99516-5635

Instagram: @thiers