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Quantos tipos de Adenomiose existem?

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Quantos tipos de Adenomiose existem?

A adenomiose é uma condição que afeta muitas mulheres ao redor do mundo. O grande problema é que, em muitos casos, o diagnóstico vem tarde, o que pode dificultar o tratamento e intensificar os sintomas. Por isso, é importante buscar informação e realizar consultas médicas regulares, garantindo exames preventivos.

O que é adenomiose?

A adenomiose acontece quando o tecido que normalmente reveste o útero, chamado endométrio, começa a crescer na camada muscular do útero. Esse crescimento pode aumentar o volume do útero, provocar sangramentos menstruais intensos, dor pélvica frequente e desconfortos durante o ciclo menstrual. A causa ainda é incerta, mas acredita-se que alterações hormonais e inflamações possam ter relação com a condição.

Possíveis causas da adenomiose

– Intervenções no útero: procedimentos como cesarianas ou cirurgias uterinas podem influenciar.

– Estrogênio: a exposição prolongada ao estrogênio, como no caso do uso de anticoncepcionais hormonais ou de aumento do índice de massa corporal, pode ser um fator.

– Faixa etária: embora possa surgir em qualquer idade, é mais comum que o diagnóstico aconteça após os 35 anos.

Sintomas da adenomiose

Os sinais da adenomiose variam de pessoa para pessoa. Algumas podem nem apresentar sintomas, enquanto outras sofrem com os incômodos da doença. Entre os sintomas mais comuns estão:

Tipos de adenomiose

A adenomiose pode se manifestar de formas diferentes. Existem quatro tipos principais:

Adenomiose focal → o tecido endometrial se desenvolve em pequenas áreas específicas dentro da parede uterina, formando nódulos.

Adenomiose difusa o tecido endometrial se espalha por uma área mais extensa da parede uterina, sem criar nódulos.

Adenomiose cística → cistos preenchidos com sangue se formam dentro da parede uterina devido ao crescimento do tecido endometrial.

Adenomiose subendometrial → o crescimento do tecido ocorre logo abaixo do revestimento interno do útero, o endométrio.

Como é feito o diagnóstico da adenomiose?

Para identificar a adenomiose, é necessário avaliar o histórico clínico da paciente e realizar um exame físico detalhado. Quando há sinais como aumento de fluxo menstrual, cólicas intensas e, em alguns casos, dificuldades para engravidar, exames complementares são recomendados. Entre eles, a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética são os mais indicados. Esses procedimentos ajudam a obter um diagnóstico mais preciso.

A ultrassonografia é uma ferramenta útil para investigar a adenomiose, mas a ressonância magnética proporciona uma análise mais detalhada, sendo capaz de identificar alterações no miométrio, como heterogeneidade e presença de cistos. No caso de adenomiose focal, podem ser observados nódulos, enquanto a zona de transição costuma se apresentar espessada e irregular.

Outro exame comum é a histeroscopia, especialmente indicada para mulheres com sangramentos uterinos anormais ou dificuldades para engravidar. Esse procedimento permite visualizar possíveis sinais da doença, quando ela se localiza perto da cavidade uterina. No entanto, um resultado normal da histeroscopia não descarta completamente a possibilidade de adenomiose.

A tomografia computadorizada, por sua vez, pode detectar o aumento no tamanho do útero, mas não costuma ser suficiente para fechar o diagnóstico com precisão.

Opções de tratamento para adenomiose

As formas de tratar a adenomiose podem variar bastante, e nem todas as pacientes precisam passar por cirurgias. Em muitos casos, tratamentos menos invasivos, como medicamentos ou procedimentos minimamente invasivos, são considerados, dependendo da intensidade dos sintomas e das particularidades de cada paciente.

A escolha do tratamento deve ser feita em conjunto com os profissionais de saúde, levando em conta os benefícios esperados e os impactos na qualidade de vida da mulher.

Tratamentos não cirúrgicos disponíveis:

Entre as opções iniciais para controlar os sintomas, temos os medicamentos que ajudam a aliviar dores. Quando os sintomas são leves ou moderados, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) costumam ser prescritos para reduzir tanto a dor quanto o sangramento. Embora tragam alívio, é importante lembrar que não atuam diretamente sobre a condição.

Terapias hormonais para manejo dos sintomas:

O uso de dispositivos intrauterinos com liberação de levonorgestrel (DIU-LNG), medicamentos hormonais combinados (estrogênio e progesterona) ou progesterona isolada, pode ser eficaz para controlar o crescimento do tecido endometrial, diminuindo o desconforto.

Abordagens complementares para melhorar o bem-estar:

Além dos métodos tradicionais, algumas opções alternativas podem contribuir para a qualidade de vida, como fisioterapia, acupuntura e uma alimentação focada em reduzir a inflamação.

É muito importante que o tratamento da adenomiose seja planejado de forma personalizada, considerando diversos fatores, como intensidade dos sintomas, idade, preferências pessoais, objetivos de saúde e planos relacionados à fertilidade.

Cada mulher tem uma experiência diferente com a adenomiose. Por isso, os profissionais de saúde devem criar estratégias que considerem essas particularidades. Seja com medicamentos para controle dos sintomas, tratamentos hormonais, técnicas minimamente invasivas ou, nos casos mais graves, a histerectomia, a escolha deve ser feita com muito cuidado, visando sempre atender às necessidades individuais da paciente.

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